logo RCN

Lula quebra promessa de transparência ao destravar verba de antigas emendas

  • Foto: Divulgação -

Segundo uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a liberar os recursos herdados das antigas "emendas do relator", quebrando sua promessa de proporcionar mais transparência na liberação desses valores.

Para relembrar, as emendas do relator, popularmente conhecidas como "orçamento secreto", consistem em uma verba repassada pelo governo federal aos parlamentares, sem a divulgação do destino e dos beneficiários do dinheiro. É como se a sua fatura do cartão de crédito mostrasse apenas o valor gasto, sem detalhar onde foi utilizado.

Essa falta de transparência foi alvo de críticas por parte de Lula durante o governo de Jair Bolsonaro, com o líder petista afirmando que se tratava do maior esquema de corrupção da atualidade.


O que está ocorrendo agora?
De acordo com a reportagem, o atual presidente teria herdado cerca de R$ 10 bilhões dessas extintas emendas do relator, que foram consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Contradizendo suas próprias críticas, Lula teria incorporado esses recursos ao orçamento dos ministérios e feito um acordo político para distribuí-los da mesma forma que as emendas anteriores.

Isso se tornou possível porque os valores estão registrados como "orçamentos dos ministérios" e não como emendas, permitindo ao governo evitar a divulgação dos parlamentares que solicitaram os repasses.

A primeira liberação teria privilegiado os estados dos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Jader Filho, das Cidades. No entanto, Lula não revelou os autores das indicações dos recursos.

Em suma: Ao tomarem conhecimento de que o dinheiro estava sendo direcionado para as bases eleitorais dos ministros, os parlamentares exigiram explicações dos ministérios e determinaram que parte dos repasses seja desfeita.

Esses acontecimentos expõem uma contradição na postura do ex-presidente Lula, que, mesmo após criticar a falta de transparência das emendas do relator, optou por utilizar os mesmos métodos ao lidar com esses recursos. A falta de clareza na distribuição dos valores alimenta preocupações em relação à integridade e à transparência no uso desses recursos públicos.

Tribunal Superior Eleitoral retoma julgamento de Bolsonaro para decidir sobre sua inelegibilidade Anterior

Tribunal Superior Eleitoral retoma julgamento de Bolsonaro para decidir sobre sua inelegibilidade

Ex-ministro do GSI nega fraude em relatórios entregues ao Congresso Próximo

Ex-ministro do GSI nega fraude em relatórios entregues ao Congresso

Deixe seu comentário